quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Pesquisa Experimental x Estudo de Caso

Cara Ciência, 

Para seguir a mesma proposta de antes, hoje falaremos de Pesquisa Experimental e Estudo de Casos como metodologia de pesquisa.

Estudo de Caso: Para melhor explicar, pegarei aqui um trecho do artigo de Magda Maria Ventura, intitulado O Estudo de Caso como Metodologia de Pesquisa. Nele, vemos o estudo de caso voltado exclusivamente para pesquisa, e não para como metodologia de ensino como frequentemente notamos em diversas salas de aula. 
O trecho a seguir nos mostra algumas vantagens em se valer do estudo de caso em uma pesquisa.

                                                                     é apropriado para pesquisadores individuais, pois dá a                                                                            oportunidade para que um aspecto de um problema seja                                                                          estudado em profundidade dentro de um período de                                                                                tempo limitado. Além disso, parece ser apropriado para                                                                          investigação de fenômenos quando há uma grande                                                                                  variedade de fatores e relacionamentos que podem ser                                                                            diretamente observados e não existem leis básicas para                                                                            determinar quais são importantes. (VENTURA, pág. 385)


Pesquisa Experimental: A pesquisa experimental vem sendo utilizada à tempos, inicialmente por Francis Bacon e sua apologia pelo Empírico. Nessa modalidade de pesquisa utilizamos três personagens principais, o sujeito dependente ( o que sente ), o sujeito independente (o que age) e o interveniente (o que modifica). Assim sendo temos que nosso objeto de estudo se trata da mina variável dependente, a resposta do teste aplicado no sujeito é minha variável independente e modificações que eu provoco ao longo da pesquisa é minha variável interveniente. 


Link interessante: <http://www.polo.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/o_estudo_de_caso_como_modalidade_de_pesquisa.pdf>



Obrigada
Carolini Mello


Pesquisa Histórica x Pesquisa Documental

Cara Ciência,

Continuando nossa tema proposto na postagem anterior sobre as diversas formas de pesquisa, temos hoje as Pesquisas Histórica e Documental.

Pesquisa Histórica: A pesquisa histórica está contida em uma pesquisa de caráter analítico (KERLINGER, 1980), tendo por base a investigação de eventos passados. Há duas formas de se pesquisar de modo histórico, a descritiva e a analítica propriamente dito. Na analítica temos o historiador não modifica  fatos ocorridos, apenas explica através deles algo que acontece atualmente, já na descritiva utiliza-se métodos de investigação do passado que condiz com toda a conjuntura de espaço e tempo. 

Pesquisa Documental: A pesquisa documental baseia-se na pesquisa utilizando documentação, contemporânea ou artefatos históricos autênticos. Assim sendo, há duas formas de se fazer pesquisa documental, de modo direto ou indireto, ou seja, eu posso utilizar documentos advindos diretamente da minha fonte de estudo, e este seria como o próprio nome diz, o modo direto, ou eu posso utilizar dados de alguém que tenha estudo minha fonte antes de mim, podendo ser tradutores de obras por exemple. 


Para facilitar o entendimento, utilizaremos as obras de Lev Vigotski, obras estas que em sua originalidade encontram-se em na língua Russa, caso eu queira estuda-lo de modo direto, terei que faze-lo na língua materna dos manuscritos de meu objeto de pesquisa (Vigotski), caso eu utilize trabalhos de uma historiadora que o tenha estudado antes de mim que é o caso da Prof, Dr Ana Luísa Smolk, da Faculdade de Educação da Unicamp, estaria me valendo de uma pesquisa indireta.




Obrigada
Carolini Mello

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Pesquisa Narrativa x Pesquisa Etnográfica

Cara Ciência,

Por algum tempo nós vamos discutir aqui algumas diferentes formas de Pesquisa. Hoje temos a Pesquisa Narrativa e a Pesquisa Etnográfica.

Pesquisa Narrativa: Podemos começar a falar dessa forma de pesquisa utilizando Clandinin e Connely (2000) e uma de suas falas que definem essa  metodologia de pesquisa:  “as histórias pelas quais vivemos”. A pesquisa narrativa nada mais é que a pesquisa baseada naquilo que nossa fonte de estude tem a nos dizer sobre suas experiencias, focando sempre em um objetivo. Deste modo, as diferentes circunstâncias de vida e as diferentes formas de interpretação de problemáticas será levada em conta durante as análises dos fatos.

Elza Dutra da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, trás em seu artigo A narrativa como uma técnica de pesquisa, a pesquisa narrativa como forma metodológica, para que através da análise de entrevistas e lavando em consideração experiencias vidas, possamos ter conhecimento acerca de eventos fenomenológicos e existenciais.

Link: http://www.scielo.br/pdf/%0D/epsic/v7n2/a18v07n2.pdf

Pesquisa Etnográfica
"Etnografia é o estudo descritivo da cultura dos povos, sua língua, raça, religião, hábitos etc., como também das manifestações materiais de suas atividades. É a ciência das etnias. Do grego ethos(cultura) + graphe (escrita)."
(http://www.significados.com.br/etnografia/)

Assim, temos que a pesquisa etnográfica como a própria definição etimológica nos mostra, é a pesquisa que analisam o entorno do objeto de estudo, suas crenças, ritos e costumes.

Vera Helena Gomes Wielewicki, em seu artigo A pesquisa etnográfica como construção discursiva. nos mostra como o entorno do indivíduo influencia na capacidade da construção discursiva desse ser.

Link: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/maio2013/sociologia_artigos/pesquisa_etnografica.pdf.






Abraços
Carolini

domingo, 27 de setembro de 2015

Filosofia e metodologia de pesquisa e a construção da Ciência

Cara Ciência,

Aqui será mostrado um trecho interessantíssimo de um artigo de Janete Magalhães Carvalho, intitulado, A Visão de Ciência e de Metodologia de Pesquisa em Diferentes Perspectivas e/ou "Escolas" Filosóficas.

" A posição pós-estruturalista fixa-se na perspectiva de que o saber e o conhecimento estão intrinsecamente vinculados ao poder, não sendo possível determinar a natureza opressiva ou libertadora de um discurso apenas de maneira teórica. Ele deve ser investigado, a partir do presente, e em cada caso específico - o que tem que ser visto é como o poder é o exercido. E isso se dará a partir de uma pesquisa genealógica, cartográfica, em que estão inseridos os saberes, fazeres e poderes. [...]".

Aproveitem o restante do artigo no link http://www.periodicos.ufes.br/educacao/article/view/4403/3445


Abraços
Carolini Mello

Arte e Ciência da Educação

Cara Ciência,

Vamos olhar com atenção o que Anísio Teixeira tem a nos dizer a respeito da Arte e Ciência da Educação.



 "A arte de educar – a educação – nos últimos cem anos, passou por um desenvolvimento que se caracteriza por uma revisão de conceitos e de técnicas de estudo, à maneira, dir-se-ia, da transformação operada na arte de curar – a medicina – quando se emancipou da tradição, do acidente, da simples 'intuição' e do empirismo e se fez, como ainda se vem fazendo, cada vez mais científica. [...]
Como a medicina, a educação é uma arte. E arte é algo de muito mais complexo e de muito mais completo que uma ciência. Convém, portanto, deixar quanto possível claro de que modo as artes se podem fazer científicas.
Arte consiste em modos de fazer. Modos de fazer implicam no conhecimento da matéria com que se está lidando, em métodos de operar com ela e em um estilo pessoal de exercer a atividade artística." (TEIXEIRA, Anísio. Educação e o mundo moderno. São Paulo: Ed. Nacional, 1977.) 

Assim, vemos que Teixeira tem uma visão bem definida de uma ciência somada a arte, uma ciência que se mistura a arte de ensinar, a arte de curar, e assim mostras que basta conhecermos a matéria com a qual se quer trabalhar e a evoluí-la, para fazermos ciência nos dias de hoje.



Links interessantes: TEIXEIRA, Anísio. Educação e o mundo moderno. São Paulo: Ed. Nacional, 1977.



Abraços

Carolini Mello 

                                                     

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Pesquisar a Pesquisa

Cara Ciência,

Acho bom partilhar com você algumas informações relevantes, primeiramente este blog será destinado à debates e reflexões sobre temas da Educação Científica e a formação de Pesquisadores dessa área, além de ser também um diário virtual.


Assim sendo, hoje gostaria de relatar minha aula de Metodologia Científica da Pesquisa em Ensino de Química e da Ciência na Universidade de São Paulo do dia 11 de Ago.2015. De fato o que vou assumir aqui de forma relativamente difícil não só pra mim, mas para qualquer ser humano, é minha certa confusão mental. Calma, calma, ainda não me coloquei à disposição da loucura e da insanidade, só estou relatando um pouco dos primeiros minutos de debate dessa aula.
De início para uma melhor organização, foram separados grupos com cinco alunos em cada, com a responsabilidade de discutirem entre si as seguintes questões:

1) O que é Pesquisa?
2) O que é Pesquisar?

Duas perguntas que à primeira vista pareciam possuir respostas obvias, e claras, mas tudo o que conseguimos falar foi a clássica frase; "Bom, Pesquisa é... Pesquisa. E Pesquisar é a ação de... Pesquisar!". Pois é, nenhum "EUREKA" cairia tão bem quanto agora não é mesmo?

Agora, passando a assumir a complexidade das perguntas, fomos (todos do grupo) levantar alguns dados acerca da significação das palavras Pesquisa e Pesquisar, de antemão digo que foram inúmeras coletas de dados, em dicionários e sites online, até chegarmos na definição de que Pesquisa é a descoberta de novos conhecimentos e Pesquisar são as ações que caracterizam e fazem avançar a Pesquisa.

Para melhor compreender desenvolvemos um diagrama,
Assim, compreende-se que a ação de pesquisar é algo que constitui a Pesquisa, ou seja, ações como, propor um questionamento a ser solucionado, levantar dados acerca deste questionamento, ou acerca de temas relacionados a eles,  analisar e tratar estes dados de acordo com uma determinada estratégia metodológica, e assim chegar a uma conclusão adequada.

Para concluir, encerrou-se a aula com um resgate de memória sobre um grande ícone da Educação Brasileira, Anísio Teixeira1


Abraços
Carolini Mello.



1-  Disponível em: <http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/420/425> acesso: 13. Ago de 2015 às 17h12min. 


Links Interessantes:
"Anísio Teixeira - Educação não é privilégio - Série Educadores Brasileiros" - https://www.youtube.com/watch?v=PO1liuYGzcw

"O que é Pesquisa" - 
https://www.youtube.com/watch?v=ci0RU2IKUao